Promotor
A Oficina CIPRL
Breve Introdução
O Guimarães Jazz apresenta a sua 25ª edição, entre os dias 05 e 19 de novembro.
Cumprindo vinte e cinco anos de um percurso marcados por uma reconhecida coerência e integridade artística, o Guimarães Jazz apresenta em 2016 um programa com os olhos no futuro e empenhado sobretudo no desvendar de horizontes profícuos para o jazz contemporâneo. A efeméride que neste ano se celebra, apesar de importante do ponto de vista simbólico, não deve, no entanto, ser usada como pretexto para nos desviarmos do seu aspeto mais fundamental – a noção de que existe um espaço temporal intermédio entre o ponto de partida e o ponto de chegada no qual se desenvolveu um trabalho difícil mas consistente que permitiu que, um quarto de século após a sua edição fundadora, o Guimarães Jazz esteja hoje em posição de reivindicar para si o estatuto de festival de referência no panorama musical português, e que a construção do seu futuro é a sua tarefa mais urgente.
O traço mais distintivo do alinhamento apresentado nesta sua 25ª edição será, porventura, o facto de o festival não ceder à tentação da autocelebrarão, optando antes por focar a sua atenção no novo jazz contemporâneo, representado por um conjunto de projetos e músicos emergentes que, embora não enquadrados em qualquer tendência estilística, acrescentam ao jazz vitalidade, dinâmicas, energia rítmica e multidireccionalidade, cruzando com naturalidade e fluidez diversos idiomas musicais. O saxofonista de ascendência indiana Rudresh Mahanthappa, o trompetista norte-americano Ambrose Akinmusire (que Steve Coleman recrutou para os seus Five Elements), ambos considerados dois dos melhores músicos de 2015 pela prestigiada revista Downbeat, e o saxofonista Donny McCaslin (o líder da banda que de sessão que gravou Blackstar, o último álbum editado em vida por David Bowie, acompanhado por alguns dos instrumentistas que fizeram parte dessa mesma banda) constituem, por isso, momentos fortes de um cartaz onde sobressai a grande juventude dos músicos envolvidos, algo evidente também no quarteto do baterista Matt Wilson, no qual se incluem o trompetista Kirk Knuffke e o saxofonista Jeff Lederer, e no septeto da flautista Jamie Baum, que estará responsável pelas jam sessions e workshops, atuando ao lado de uma formação composta por um conjunto notável de jovens músicos da cena jazzística norte-americana, bem como por três instrumentistas de jazz polacos.